Quantos gatos pingados vieram aqui:

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Algumas colocações acerca dos argentinos e demais latinoamericanos (com ou sem hífen?!)

Bom, hoje não vou falar de aventuras, de loucuras ou de trapalhadas. O que me traz aqui é um assunto sério...
Já é sabido por todos da rivalidade entre brasileiros e argentinos. Cretinice. Essa idiotice me parece ser só da parte dos brasileiros... Não posso generalizar, claro. Talvaz haja argentino que fale mal de brasileiro, assim como pessoas cretinas falam de negros, judeus, e por aí vai... Mas posso dizer que os argentinos com quem convivo e convivi são simplesmente maravilhosos. De verdade.
E todos me dão uma atenção incrível! E todos me ajudam com o idioma! E não me tiram pra idiota quando erro alguma coisa. Muito pelo contrário: me corrigem o tempo todo para que eu possa aprender. Querem saber muito sobre o Brasil sua música, sua cultura, seu idioma. Quando pergunto como se diz algo em Espanhol, logo vem a pergunta e no Brasil, como é?.
A Paola, minha amiga uruguaia, se sentou do meu lado e pediu para ler o que eu havia escrito no projeto. Corrigiu algumas coisas, me deu altas dicas. Ah, mas ela é uruguaia...
Ok... Tive uma experiência simplesmente sublime com um portenho chamado Patricio! Perguntei se não lhe incomodava ler algo que eu acabara de escrever, para que pudesse me ajudar e corrigir as coisas. Ele rapidamente, com um sorriso largo, disse que sim, sentou ao meu lado, pegou o note e foi me dizendo o que eu tinha errado e como consertar. Até aí, ok. E o que passou foi que ele saiu para fazer outras coisas e rapidamente voltou correndo e gritando: Pensei numa coisa!!! Escreve assim, que vai soar mais poético!!! Ou seja: não só me corrigiu, como também me deu uma dica para o próprio projeto!
Os argentinos são filhos da puta? São ridículos? Arrogantes? Sujos? Cretinos? Prepotentes? Você ainda acredita nisso? A mim não parecem. Aliás, nunca pareceram! Agora, menos ainda!
A Jennifer (minha amiga portenha de quem já falei várias vezes aqui no blog) teve uma experiência terrível no Brasil. Eu senti vergonha...
Ela foi a Santa Catarina de férias. Foi a um camping (a mim ela disse o nome, mas por questões de ética, não vou dizer aqui) e foi muito mal tratada... As pessoas falavam em alto e bom som que estavam lá aqueles argentinos sujos, ridículos, nojentos e coisas ridículas do tipo. Só que eles não contavam com a seguinte surpresa: havia uma argentina que sabia Português, entendia tudo e traduzia para os demais... Bah, que feio, né?
Convivo e convivi com argentinos, equatoriano, colombiano, mexicano, uruguaio... E digo: fronteira entre culturas e países existe só na Geografia... São pessoas boas, humanas, lindas! De qualquer nacionalidade! Claro que há exceções... Como há em qualquer lugar do planeta. Mas não generalizemos... 
Os latinoamericanos, de um modo geral, têm sido ótimos comigo. Isso inclui, sim, os argentinos. Todos aqui se colocam à disposição para me ajudar com o que podem. E não reclamam porque passo o tempo inteiro perguntando o nome das palavras e a conjugação dos verbos. Que es eso? Como se dice eso? Me ajudam!
Claaaaro que entre nós fazemos brincadeiras do tipo você não participa disso porque é argentina, você está fora porque eu não gosto de brasileiros, as uruguaias são estranhas, né?, mas isso é entre amigos que se gostam! E que sabem se tratar de brincadeira.
E não vou aceitar comentários tirando onda, mesmo que seja de brincadeirinha.  Porque isso é uma coisa chata e ofende. BRINCADEIRAS SE FAZEM ENTRE AMIGOS!
Gracias!
(Sem fotos hoje...)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pensei, pensei e não consegui um título para o post de hoje. Foi mal aê...

Bueno... Anteontem pela manhã saí para ver um apartamento e o que descobri foi que vai ser mais complicado do que eu imaginava... Me pedem 4 (QUATRO!!!) meses adiantados. De onde vou tirar essa grana toda?? (Favor não responder. Obrigada.)
Vou esperar para ver o que acontece...
Fui ao supermercado, crente de que tinha na bolsa meu cartão Visa Travel Money. Escolhi um monte de coisas... E tive que cancelar a maioria porque eu havia esquecido a carteira em casa! Otária! Sim, passei pela vergonha de dizer: Por favor, cancela isso, isso e isso... Porque glana eu tenho, só me falta-me o gramur! Tenho esse bendito cartão, mas ainda não me animei a ir a um banco e ver como é que se faz o saque. Otária DE NOVO! Eu tinha uma miséria de dinheiro na bolsa...
O almoço estava lindo:
Parece um quadro do Picasso...
No Nordeste se chama grolado...
À tarde eu dormi. Ponto.
Acordei bem cansada mas... A Paola, o Equato (Santiago já tem apelidinhoooo!) e a Jennifer insistiram tanto para sair que fui... Conheci mais um amiguinho da Paola: o Pablo - um portenho gracinha!
Fomos a um boliche (se pronuncia bolitche e é como chamam as casas noturnas aqui). A música era boa, mas o ambiente... Tudo fechado e milhões de pessoas fumando! Poxa, eu fumo... Bastante! Não me importo que fumem perto e pá. Mas a fumaça me ardia os olhos demais! Minha garganta, que já me doía durante o dia, começou a me incomodar mais e mais e mais... Peguei um copo d'água e molhava os olhos sem parar. A cena era, sim, demasiadamente ridícula, mas foi o que me aliviou um pouco. Saí para pegar um ar, porque já não me aguentava mais e... o segurança não me deixou voltar! Bicho... Por que aquele grosso não me disse quando eu estava na porta que, se eu saísse, não poderia voltar mais?! Ainda bem que o pessoal do boliche já estava correndo a todos e meus amigos saíram logo.
Pablo (tri querido) e a OAU (Organização da América Unida), que vocês já conhecem... Olha só a minha cara de maníaca pensando "Ai, Paolita... Mais tarde conversamos baixinho!" Credo... E a coitada tão inocente sorrindo para a foto...

A cara de tarada da foto não significa que eu estava bêbada e, sim, que eu estava mal. Eu não bebi nesse dia. A Paola perguntou se eu estava doente e eu respondi que não, que sou assim mesmo (me referindo à cara de idiota) e que vou procurar um médico. Entenderam a piada? Dããã...(¬¬) Ela entendeu e se cagou de rir...
Aqui no hostel, resolveram subir na laje (Ráááá! Aqui também fazem essas pobradas na lajeee!) e eu, claro, não fui. Tenho fobia a escadas. Não é a altura, é a escada mesmo. Aquelas que não têm corrimão e se armam ou se encostam na parede. No segundo degrau eu começo a chorar compulsivamente, as pernas se travam e... Tchau!
Ontem, a única coisa que fiz foi comer. O Colômbia (agora esse é o apelido do Diego) fez umas lentilhas triiii boas! Mmmmm!
Ah, agora quando querem me sacanear me chamam de Brasil. Me apresentam às outras pessoas como Brasil. Por que será? (Cara de reflexão)
Agora já é hoje (domingo) de madrugada e vou dormir. Tchau e bênção...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mais um dia por aqui, mais uma noite sem dormir... (Matanza)

Ontem fomos ao Parque Sarmiento e, claro, ao Zoo. Apesar do calor, foi um passeio lindíssimo.

Presta bem atenção no que vou te dizer, chavón...

Comemos sentadinhos na grama, tiramos fotos, mostrei meu futebol brasileiro com uma bola de tênis (me chamaram de Pelé, mas deveriam chamar de Chulé!)... E assim foi...

Lanchinho na grama...
Então, fomos ao Zoo. Eu, Diego (o colombiano), Santiago e Jennifer. Calor da desgraça. Caminhamos um monte. Rimos um monte (que novidade...). Saí de vestidinho e All Star, ou seja, a gorda colou as coxas e ficou quase em carne viva e os pés, num tênis desconfrotável, ficaram em petição de miséria. Mas mesmo assim, valeu a pena! A melhor parte foi quando estávamos observando os hipopótamos enormes e a Jennifer disse: "Mirá!!! La colita!!" ("Olha! O rabinho!!")... O bicho deu uma pirueta na água e subiu um cheiro de podre que eu vou carregar para o resto da minha vida na memória olfativa! Bah! Todos, em coro, gritamos "Aaaaahh!!!" e saímos correndo dali.
Outra: estavam Santiago e Jennifer empolgadíssimos tirando fotos e eu gritei para correrem a um lugar. Rápido!! Rápido!! O Santiago já veio com a máquina em punho para tirar fotos, a Jennifer esperando ver um animal colorido e exótico mas... era apenas um pedreiro exercendo seu direito de trabalhar! Não preciso dizer que eles queriam me matar e me chamaram de boluda (otária) por horas...


Eu tinha ganas de postar fotos de todos os animais mas, como são muitos, aqui está uma das minhas maiores paixões... Tinha um filhotinho também, mas o Santiago não tirou a foto...

No hostel, fizemos um jantar coletivo. Gente!!! A Paola arrecadou umas coisas - cebola, pimentão vermelho (aqui é baratíssimo!), arroz, sardinha, atum e... ZÁS! Uma comida divina!


A Paola reclamou das toalhas penduradas ("parece um carnaval!" - disse ela), mas a foto saiu maravilhosa, hein??

Eu estava podre de sono, mas... Compramos um fernet, coca e gelo e fomos dormir às 5h da madruga. Preciso dizer que rimos muito? Não? Obrigada! Una buenisima onda, como se diz aqui. Traduzinho: um clima muito gostoso! Rolou até Boquinha da Garrafa! De tudo um pouco, mas muito rock argentino.


Como sempre, fazendo coisas ridículas... Tsc, tsc, tsc...

Sinto saudades da minha família e da minha casa... Já...
DICA: Se você viajar para qualquer lugar que seja, tente se enturmar bem. Mesmo que esteja acompanhado! Tem gente que viaja com um amigo ou com namorado(a) e caga pros outros... Não sabe o que está perdendo!!!! Há muita gente legal nos hosteles!
Outra coisa: se você conhecer pessoas legais e se enturmar, sempre faça parte dos rangos com eles. Dividir tarefas e o valor das coisas é bom e fica legal (e barato!) pra todo mundo!
Uma última coisa: nunca vá de All Star para fazer caminhadas longas... (É uma dica óbvia e chega a ser idiota, mas vale a pena salientar).

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um equatoriano, uma argentina e três brasileiras...

Ao meio-dia de ontem fizemos almoço, eu e a Jennifer. Uns empanadinhos de brócolis com molho branco, arroz com cenoura e salada. Até que enfim comi uma coisa decente... E estava muito bom!!!
Nosso ranguinho esperto!!


As duas cozinheiras!
À tarde ficamos lagarteando, assistimos a Tropa de Elite. É um filme que choca os argentinos... A mim? Nem um pouco...
Bom... À noite!!!
Saímos! Um equatoriano (Santiago - muuuuuuuuuuuuuuito divertido!), uma argentina (a Jennifer) e três brasileiras (eu - óbvio -, Sara e Juliana). Gente, como eu me diverti! Fomos a um rock bar muito legal: cerveja barata e boa música.
Tive mais certeza ainda de que sair para se divertir é muito melhor que sair para caçar! Há anos eu não me divertia como ontem! Aquelas risadas gostosíssimas! Que coisa boa...
Rimos muito de um ratão enorme que escalava um prédio. Ficamos ali, parados, hipnotizados com aquilo! Mas depois a noite voltou ao normal.
E mais risadas. Mais risadas. Mais risadas... Hahaha!
A volta foi o melhor. Eu e a Jennifer não conseguíamos subir na cama! Mas hoje acordei sem ressaca.
 
Ah, vai... Foi uma ideia boa esta foto...

Sara, Santiago, Inês, Juliana e Jennifer

Los tres chiflados - Os três patetas
Agora dá licença que eu vou passear!! Eu, a argentina, o equatoriano e MUITAS RISADAS!!! 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma palavra nova e... VICIANTE!

Depois de ficarmos sem luz (sem ventilador e com muito calor!) por um bom tempo, finalmente a vida voltou à normalidade...
Na noite anterior, vieram uns meninos pra cá, que tocaram violão, histórias, fizemos uma roda de chimarrão e demos muitas risadas.  Estava também uma portenha chamada Jennifer - um amor de pessoa que me ensinou muitas coisas do espanhol e me corrige sempre que é necessário.
Os recepcionistas do Hostel Que Onda são o Omar (um mexicano fofíssimo com carinha de bebê) e a Paola (uma uruguaia muuuuuuuuito simpática, alegre e divertidíssima). Apareceu aqui também um amigo da Paola, um cordobês cujo apelido é "Gordo".
Bom... é claro que quando se juntam pessoas de muitos lugares diferentes o que se quer saber são as expressões mais populares. Como se diz tal coisa no Brasil? E aqui, como é?
Vamos à palavra que vicia... Aprendi que pinto aqui é pinchila. Cara, eu ri muito! É uma palavra muito sonora e boa de falar!!! E só se fala  pinchila aqui em Córdoba. Em outras províncias da Argentina não...
Ontem choveu granizo aqui!!!! Eu nunca tinha visto. Faz um barulhão...
Os gelinhos que caíram...
Que chuva! Mesmo com as portas fechadas, entrou água por toda a casa e molhou muito (muito mesmo) o nosso quarto... Foi uma correria para secar, colocar toalhas na fresta da porta para não entrar mais água... Bah!
Eram pedrinhas pequenas, mas fazem muito barulho!
Ontem chegaram aqui duas brasileiras cariocas e um colombiano. No início da noite nos juntamos para tomar uma cerveja. Mas antes de contar da cerveja, preciso dizer que a Paola ama a Marisa Monte e, à tarde, ela colocou umas músicas bem altas, cantava e dublava como uma atriz. Louca!!! Escutamos também a Pitty e lembrei muito do Mano, que curte muito a música Me adora!
Então... tomamos cerveja, falamos sobre nossos países, viagens, coisas em geral e... sobre pinchila! Hahahahaha!!!
Fizemos todo tipo de piada com isso, cara! A Paola e o Omar acham uma graça dessa história de eu ter gostado da palavra. Eu disse que deveria haver bancas com plaquinhas e o vendedor gritando: "Pinchilón, pinchilas, pinchilas, pinchilas, pinchilitas! Dale, dale, dale, dale!!" E com os preços, claro...
Pinchilita  (tamanho P): dez pesos.
Pinchila (tamanho M): 20 pesos.
Pinchilón (tamanho G): 50 pesos.
- Señor, por favor, una pinchilita...
- Claro... Pero por que no un pinchilón?!
- Hoy no tengo la plata... Me gustaria una pinchilita ita ita ita ita!

E fomos dormir...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sangue, suor e cerveja (parafraseando alguém de quem não lembro o nome...)

Como sempre em Córdoba, acordei, assoei meu nariz e saiu um coágulo de sangue. Já me acostumei e nem me assusto mais. Acho que é do clima muito seco.
SANGUE!
Saí, fui comprar cigarros (já sinto falta do Hollywood Red...) e alguma coisa para almoçar. Um pebete (juro depois postar a foto, mas adianto que é um sanduichinho bem gostoso!) e um suco de laranja. Almocei e fui lá encontrar o Andrey e o Thiago.
Enquanto esperava, tomei um sorvete - chocolate italiano e framboesa. Duas bolas... Na metade da primeira eu já não aguentava mais! O sorvete aqui é maravilhoso, vem bastante e é barato: sete pesos (R$3,50). Pensei muito no meu irmão, que adorava sorvete...

Juro que a intenção de fazer a foto foi das melhores...
Saí, sentei no banquinho na frente da sorveteria... Calor é pouco para definir o que senti! Gente, que horror!!! Suei por todos os poros do meu corpo!
SUOR!
Comprei um chip da Personal, uma das operadoras de celular da Argentina. Adivinha?! Não funcionou. Meu celular é TRIBAND e eu preciso de um QUADRIBAND. Detalhe: comprei este bendito na quinta-feira passada.
MAIS SUOR!
Paramos num kiosco e tomamos uma cerveja...
As pombas em Córdoba são alcoólatras! Quando um pessoal saiu de uma mesa, deixando os copos com restos, elas foram em bando para lá e até quebraram até um copo!! Eu nunca tinha visto isso, cara! Pombas alcoólatras! Eu ia tirar uma foto, mas quando puxei o celular, a garçonete se adiantou para tirar da mesa o que sobrou da invasão das pombas... Claro que elas voaram dali e não tive tempo de registrar esse fato incrível...

Imagine a metade dessa multidão de pombas em cima de uma mesa com resto de cerveja!
A Quilmes estava geladíssima!
CERVEJA!

DICA: Se você ficar num hostel (que no Brasil é chamado de albergue), compre alguma coisa congelada no supermercado... A cozinha é toda equipada e você pode usá-la. Sai  muito mais barato e você não vai ficar sentindo aquela falta de comida de verdade, só fazendo lanchinho. Eu comprei um pacote de nhoque e um molho pronto.


O nhoque com suquinho de laranja... Quebrou um galhão!

Claro que não é como o molho da mamãe, que faz com todo o carinho do mundo, mas dá pra engolir. A minha mãe quando faz nhoqui, os passa na manteiga e no queijo depois de cozidos... Uma delícia!!! Já tô com saudades da mamis...

domingo, 23 de janeiro de 2011

A ída de ônibus...

Então eu saí dia 22/01/11 numa aventura rumo a Córdoba... Comprei passagem de ônibus porque custava 1/3 da passagem de avião. Fui de semileito... Ai...
O ônibus já vinha de Floripa, acho. Lotado. Quente. Atrasado duas horas. Peguei a última poltrona. Me arrependi...
Eu sempre viajo na última poltrona, mas no ônibus da empresa Flechabus não dá! É quente demais e, ainda por cima, tem uma coisa que é mais baixa e, claro, eu enfiei meus cornos ali! Chegou a me dar uma dor nos dentes... Sério...
O ônibus - estava passando Robin Hood no DVD!
Dormi um pouco e acordei na fronteira... Outro martírio! Uma demora sem fim... Fumei, fui ao banheiro, liguei pra minha mãe, fumei, tomei chimarrão, fumei, tomei chimarrão, fumei... Bah!!! Até que finalmente ultrapassamos o limite Brasil/Argentina.

Aduana argentina - foto tirada de dentro do ônibus, com celular (por isso essa qualidade absurda!).

Próxima parada: alguma cidade na província de Santa Fé. Não consegui comer nada, enquanto todo mundo enchia o bucho de batata frita e sanduíche. O banheiro estava lotado e eu queria fazer xixi e escovar os dentes. Esperei esvaziar... Fui lá enfrentar a fila. Consegui fazer o que eu queria e, para minha surpresa quando saio, lá se vai o ônibus megacolorido da Flechabus! Desespero!!!! Ainda bem que tinha outro pessoal esquecido ali também! Quando entramos, aqueles risinhos idiotas do tipo "olha os imbecis!".
O calor continuava... Gente, que horror viajar 22 horas suando!
Apesar de tudo, foi uma viagem tranquila, tendo em vista tudo o que aconteceu antes do embarque: esqueci a chave do carro ligada e ficamos sem bateria; meu irmão arrumou um carro emprestado (obrigada, Zé) e o carro pifou; na corrida para atacar um táxi pra mim, ele perdeu os documentos (que já foram achados e devolvidos, graças a Deus!); atraso do ônibus. Por fim, cheguei no Hostel Que Onda, entrei no MSN, minha mãe não estava e o Reginaldo mandou um SMS pra ela. Falei com a minha Gordinha, tomei banho e vim aqui criar este blog.
Em breve, mais notícias!

DICA: Se você não tiver grana pra pagar o leito, pegue uma poltrona perto da escadinha porque ali é mais fresquinho.
Leve bastante lanchinho. Eu levei duas caixinhas de suco de laranja, dois pacotes de waffer Balducco e um pacotinho de Hot Cracker (da Parati) sabor presunto. Sabe quanto eu gastei na viagem? Dezesseis pesos (R$8,00).

São práticos e não ficam esfarelando na bagagem de mão porque vêm embalados de 4 em 4!
Se você for menina, leve lencinhos umedecidos. Eu levei estes da Intimus:

São muito práticos e higiênicos!
Nunca, mas nunca mesmo demore no banheiro...

Um breve histórico sobre a paixão pela Argentina...

Bom... a ideia de vir para a Argentina foi depois de ter conhecido um cara na internet. Gostei dele e resolvi vir conhecer sua cidade - Córdoba. Como estava perto do Dia das Mães, resolvi dar a viagem de presente para a minha mamis - perfeito!
Foi a minha primeira viagem internacional e foi ótima! Não vi o cara, ele me deu um cano desgraçado... mas em compensação eu e mamis nos divertimos um monte! Isso foi em abril...
Em junho meu irmão ficou doente e resolvi que teria de fazer algo para ocupar a cabeça e não enlouquecer. "Vou tentar o doutorado em Literatura na Universidad Nacional de Córdoba" - pensei. Conheci um carinha super legal, brasileiro que estuda aqui em Córdoba e ajuda um montão de gente - o Thiago, um menino muito doce do Pará. Com ele, veio de presente o Andrey. E eles fizeram uns corres pra mim aqui e descobriram muitas. Mas não bastavam as informações que eles tinham. Em setembro eu voltei, falei com a chefe do Departamento de Letras e ela me deu o e-mail de uma professora que poderia me orientar, Ótimo!
Voltei para o Brasil, mandei o e-mail e recebi a resposta - ela aceitou ser co-orientadora e já falou com outra professora , que também aceitou ser minha orientadora.
Em outubro houve um congresso sobre Jorge Luis Borges na UNC e minha orientadora me convidou para vir. Coincidência ou não, eu estava de malas prontas e o hospital ligou para dar a triste notícia de que meu irmão havia falecido. Minha família não me deixou desistir e eu vim. Deus me poupou de ver meu irmão amado de uma maneira que eu não queria ver.
Dessa vez conheci o Daniel, um correntino muito bacana que mora aqui também...

Daniel e eu sentadinhos na calçada... Vou ficar devendo foto do Thiago e do Andrey!
E assim, fui fazendo leituras e planos para o doutorado...

DICA: Quando vierem a Córdoba, fiquem no Hostel Que Onda (http://www.hostelqueonda.com/). O Ambiente é maravilhoso e confortável, a diária é barata e o atendimento é ÓTIMO! A dona se chama Vicky, entende Português e é um amor!